A morte do cantor mato-grossense João Carreiro, de 41 anos, que aconteceu na noite de quarta-feira, 3, após ele não resistir às complicações de uma cirurgia para colocação de uma válvula no coração, segue chocando fãs, amigos e familiares. O artista sofria com um Prolapso da Válvula Mitral, também conhecido como “sopro” cardíaco.
No momento de seu falecimento, João já usava a nova válvula. Sua esposa, Francine Caroline, chegou a tranquilizar fãs por volta das 17h, revelando que o procedimento corria bem. Ela, no entanto, voltou às redes sociais mais tarde para pedir orações para o marido, que acabou não resistindo.
Em sua última postagem no Instagram, Carreiro apareceu bem-humorado celebrando o último show de 2023. “Passar a virada do ano perto dos meus familiares não tem preço”, comemorou, ao desejar um feliz Ano Novo aos seguidores.
Segundo o comunicado oficial, o velório do cantor será realizado nesta quinta-feira, 4, na Câmara Municipal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Na sequência, o corpo será encaminhado para Cuiabá, no Mato Grosso.
Para entender tecnicamente a fatalidade, a IstoÉ Gente procurou o Dr. Lucas Trindade, cardiologista e doutorando pelo InCor HCFMUSP, do Hospital Vila Nova Star – Rede D’Or, que explica as complicações que causou a morte do cantor João Carreiro. Confira!
“Doenças relacionadas às válvulas do coração são mais comuns em idosos, mas também podem se apresentar em jovens, levando ao famoso sopro no coração, que indica que a válvula cardíaca está disfuncionante. Em muitos casos, como parece ser o do cantor, a indicação de cirurgia cardíaca aberta para a troca da válvula por uma prótese é a melhor opção”, começa o profissional.
“As cirurgias cardíacas, sejam de revascularização miocárdica com implante de pontes de veia safena e artéria mamária, ou cirurgias de troca de valvas disfuncionantes por próteses mecânicas ou biológicas, apresentam riscos de complicações graves durante o procedimento, como sangramentos, distúrbios neurológicos, distúrbios respiratórios e choque, principalmente relacionados à circulação extracorpórea que é realizada durante o procedimento, com o sangue sendo bombeado e oxigenado por uma máquina externa enquanto o paciente é operado”.
Complicações
As complicações graves, principalmente sangramentos maiores e choque hemodinâmico, quando há um queda importante da pressão arterial, podem ser fatais, levando à óbito, e podem acontecer logo no início da operação, mas também nos momentos finais, quando o coração já está batendo com a nova válvula, como o relatado no caso do cantor.
No caso específico do cantor João Carreiro, não temos informações sobre a causa específica de sua morte. No entanto, é possível que tenha ocorrido uma complicação grave durante o procedimento cirúrgico, que levou ao óbito. É importante lembrar que as cirurgias cardíacas são procedimentos complexos e apresentam riscos, mesmo quando realizadas por equipes experientes.
FONTE: Leticia Sena/ Istoé
Foto: Reprodução/ Redes Sociais
