Rihanna, Beyoncé e Jay-Z prestigiam estreia de Pharrell na Louis Vuitton
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Publicado em 21/06/2023

 

Com uma apresentação monumental, em um dos pontos mais lindos e antigos de Paris, – a medieval Pont Neuf, que foi fechada exclusivamente para o evento -, ao som de uma orquestra, do pianista Lang Lang e do coro gospel “Voices of Fire”, organizado pelo seu tio, o Pastor Ezekiel Williams e produzido por ele cantando “Joy”, Pharrel Williams apresentou sua tão aguardada coleção como diretor criativo do menswear da Louis Vuitton. Ele ocupou o lugar de Virgil Abloh, que estava vago desde o falecimento precoce do designer no final de 2021.

 

Como era de se esperar, Rihanna levou a barriguinha mais badalada do momento acompanhada pelo maridão, o rapper A$AP Rocky, para o desfile. A garota-propaganda dessa coleção surgiu toda trabalhada no Damier pixelado da foto do outdoor da ação de lançamento, o que também era de se esperar, mas na versão jeans, adiantando o que estava por vir na passarela.

 

O que não se esperava era a presença de outra rainha: Beyoncé! A cantora foi acompanhada do maridão, Jay-Z, e chegou toda confortável em um conjuntinho amarelo dourado estilo pijama, em jacquard de seda com desenhos de folhas, adiantando o modelito que seria apresentado logo menos na passarela, só que na versão verde militar clarinho, afinal, ela é a exclusividade todinha.

 

O casal, realeza do show business, sentou juntinho a Bernard Arnault, presidente do maior conglomerado de luxo do mundo, o LVMH, do qual, pelas iniciais presentes na sigla que dá nome ao grupo, obviamente, a Louis Vuitton não apenas faz parte como é a grande locomotiva. Do outro lado deles estava Zendaya, que chegou acompanhada pelo seu stylist, atualmente o n°1 do mundo, Law Roach.

 

Na lista estrelada para o “front row” também estavam Kim Kardashian, Naomi Campbell, Lenny Kravitz, Jared Letto, Miranda Kerr, Kelly Rowland, o basquetebolista LeBron James, o piloto Lewis Hamilton, Bob Sinclair, o artista plástico Takashi Murakami, que fez uma das collabs mais memoráveis com a LV, os cantores latinos J Balvin e Maluma, e Willow e Jaden Smith. Do Brasil, o rapper L7nnon, que é próximo à marca no país, marcou presença.

 

Os amigos pessoais e agora colegas de profissão e de “firma” – todos integrantes do grupo LVMH – também foram prestigiá-lo: Jonathan William Anderson, que dirige a Loewe e sua marca JW Andresonr; Matthew Williams, da Givenchy; Nigo, hoje diretor criativo da Kenzo, sócio de Pharrell nas marcas “Billionaire Boys Club” e “Ice Cream”, e com quem criou um modelo de óculos batizado de “Millionaire” para sua primeira collab com a Louis Vuitton, em 2004; e Camille Miceli, que era diretora criativa de acessórios da Louis Vuitton quando Pharrell fez sua segunda collab com a maison, em 2008, focada em joias e que agora está na direção criativa da Pucci. Jeremy Scott, que acabou de deixar a direção criativa da Moschino, também estava lá.

 

Alguns convidados chegaram pelo Rio Sena, em barcos que ancoravam em uma das cabeças da ponte, bem pertinho do Quartel-General da maison, que fica no n° 2 da Rue du Pont Neuf.

 

Íconico xadrex Damier

Sem overdose de monograma, que se limitou mais aos modelos clássicos de bolsas, às fivelas dos cintos e a um sobretudo de pelúcia, a coleção foi pautada por outra padronagem clássica da marca, criada em 1889, mas não tão explorada ultimamente: o Damier, como foi introduzido já na foto da campanha.

 

Desde o tapete em diferentes tons de dourado estendido pela Pont Neuf à tradicional speedy com pérolas e cristais, seja no seu formato clássico ou na inédita versão pixelada, batizada de “Damouflage”, o famoso e exclusivo quadriculado bicolor reinou absoluto!

 

Assim como o casting, a coleção prestigiou a diversidade, afinal, como o próprio Pharrell disse, ele faz roupas para humanos. Bermudas com pregas largas de saias femininas que lembravam um kilt, sobretudos de todos os materiais, galochas estilosíssimas e modelos inéditos de bolsas, levados por homens de todas as idades e por mulheres também, não deixavam dúvidas de que o “genderless” e a diversidade chegaram mesmo para ficar.

 

Até as cores entraram na onda da diversidade: desde a presença das cores primárias, que coloriram os modelos clássicos de bolsas monogramadas, como a Speedy, e o Damier da maison, à volta do militarismo e todas suas nuances, só que, dessa vez, com sua tradicional “camuflagem” desconstruída por pixéis, passando pela sobriedade atemporal e elegante do bege-areia, cinza claro com off-white, vinho, cinza-chumbo e vários tons de marrom.

 

Os calçados foram um show à parte: as galochas estilosas em Damier pixelado nos tons do militarismo, que já chegou abrindo o desfile, se tornaram a “peça desejo” assim que pisaram na passarela. Botas com tachas e muito cristal transformando meros sapatos básicos em peças únicas e um tênis modelo basqueteira, repleto deles, elevado ao nível de verdadeira joia.

 

Uma pantufa monogramada com o desenho do pé embaixo, que parecia um pé de urso, foi o ponto divertido dos acessórios, que também contavam com tênis mais básicos, mas com a identidade streetwear de Pharrel presente neles.

 

Em uma entrevista para o jornal “Le Figaro”, Pharrell disse: “Meu trabalho com a Louis Vuitton é tornar a marca o mais democrática possível, para que todos que possam comprar algo dela entrem em seu universo”.

 

Alexandre Samson, responsável pelos departamentos de alta costura e criação contemporânea do Museu da Moda de Paris, profetizou empolgado:

 

“Pode-se prever um sucesso comercial. É uma das coleções mais aguardadas da Fashion Week e um momento realmente especial para a história da moda. Pharrell Williams tem uma forma extremamente popular de ver a arte e o estilo”.

 

Atualmente, os itens masculinos representam apenas 5% do volume de negócios da marca, mas a intenção do grupo LVMH é aumentar consideravelmente o percentual com a chegada de Pharrell não só nesse setor, como nas demais linhas da marca.

 

Pela coleção, com conceitos nunca vistos na marca e com o bom gosto e o estilo de Pharrell William impressos do começo ao fim, considerando a movimentação em torno do desfile, que parou Paris e a internet – que só se fala nisso – e a chuva de elogios da crítica especializada e do público em geral, a escolha do mais novo contratado irá superar e muito as expectativas e será aplaudida de pé como foi o desfile e como fez o presidente do conglomerado, Bernard Arnault, ao lado de Beyoncé e Jay-Z.

 

Falando em Jay-Z, depois que as luzes da passarela apagaram, ele e Pharrell transformaram o desfile em “after party” dando um showzinho de presente para os convidados.

 

Histórico, em todos os sentidos: pra marca, todos os envolvidos e, principalmente, pro mundo da moda!

 

Nós amamos tudo, das roupas aos tênis, do começo ao fim. E vocês?

 

 

 

FONTE: Márcia Sad/Leodias.com

 

Foto: Reprodução/Leodias.com

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