Gabily, de 27 anos de idade, fez um projeto especialmente para mostrar sua versatilidade musical para o público. A cantora acaba de lançar a música O Mundão é Seu em quatro diferentes versões, todas de uma vez: funk, trap, brega e pagode. A ideia da artista foi calar os críticos após Chapadinha na Gaveta, música que fez especialmente para a Copa do Mundo.
"A galera falava mal da minha musicalidade, como se eu não tivesse talento e eu não soubesse fazer o que eu mais amo, que é música. Achei que teria que me aventurar num projeto onde pudesse mostrar que canto tudo e que tenho que ter essa liberdade de fazer o que eu quiser", afirma.
Apesar de ser um projeto ousado, Gabily diz que não foi exaustivo executá-lo. "A maior dificuldade foi não encontrar uma referência para seguir uma estratégia de lançamento. Mas, musicalmente falando, sempre gostei de vários estilos, então foi um prazer fazer um trabalho meu e cantar os ritmos que eu gosto. Não tive muito trabalho porque a música já existia na voz e no piano, o que eu fiz fui colocá-la nas batidas, e cada cantor dos feats colocou sua parte, porque minha parte é única", explica.
O trabalho inovador é o primeiro lançamento desde o anúncio de uma pausa na carreira musical, em abril, o que pegou o público de surpresa. "Eu já estava há sete meses sem trabalhar música, mas a galera não prestou atenção nisso. Decidi voltar e de uma forma mais otimista. É algo que eu amo, e tenho guardadas várias músicas que seria uma autosabotagem se eu não lançasse. Então, óbvio que monto as estratégias de lançamento, mas não vejo mais como uma obrigação. Estou lançando mais pelo meu amor à música", justifica.
As críticas e a falta de apoio de colegas no segmento foram os motivos de Gabily desanimar. "O mercado é difícil. A gente pensa em deixar pra lá porque aparecem outros trabalhos e vão nos levando por um outro caminho que nos faz refletir algo como 'não preciso passar por aquilo que passo na música'. Também tem a falta de união e sororidade nesse meio, o que me entristece. Desanima ter que correr atrás e ter gente que nem me conhece me atacando. Acham que não tenho que ligar, mas é o público que faz o artista. Já estou há muitos anos na música, e é ruim ver as pessoas falando 'flopada', 'forçada', 'já viu que não deu certo nisso', 'desiste', 'sem talento'...", lamenta.
Durante a pausa, Gabily passou a agenciar Xurrasco. Ela já o conhecia antes dele viralizar com Lovezin. Quando sua coreografia estourou, ela o indicou para uma agência parceira, mas o carioca disse que só confiaria nela para gerenciar sus trabalhos. Gabily, então, abriu sua empresa em uma semana e passou a fechar negócios para Xurrasco.
"Tenho uma agência de influenciadores, que trouxe resultados e me trouxe um aconchego financeiro, mas saí de frente e fiquei só como sócia. Me voltei para o lado empresarial, o que acredito que aprendi muito a fazer com todas as porradas que levei nesse tempo de carreira, principalmente a como acolher um artista para que ele se sinta seguro. Ponho muita disposição em tudo que coloco a mão para fazer. Percebi que uma coisa não anula a outra. Posso continuar fazendo tudo isso e lançar música, que eu amo. Se fosse só pelo dinheiro, já teria largado a música há muito tempo. É sobre meu sonho", justifica.
Para a cantora, encarar o meio artístico com leveza não significa tirar o pé do acelerador e trabalhar menos. "Tenho um cronograma até 2024. Não quero lançar uma música midiática para ter dancinha, viralizar no TikTok e isso ser a projeção da minha carreira. Quero realmente mostrar a fundo a musicalidade que eu carrego, a forma que levo isso a sério e o jeito que exploro meus talentos tocando instrumentos", adianta.
FONTE:Bia Rohen/Quem
Foto: Reprodução/Instagram